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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fibrocimento


"O fibrocimento é uma mistura de cimento, amianto e água e possui facilidade e agilidade em sua aplicação como cobertura e na montagem de telhados e galpões."

INTRODUÇÃO

O cimento-amianto, nome popular do fibrocimento, é um material de construção composto por mais de 90% de cimento e menos de 10% de fibras de amianto crisotila, desenvolvido no final do século XIX. Desde então, esse material tem sido largamente utilizado na fabricação de telhas, caixas-d'água e peças acessórias para telhados. O amianto, também conhecido como asbesto, é uma fibra mineral natural utilizada como matéria-prima na produção de peças de cimento-amianto.

CARACTERÍSTICAS

  • alta resistência mecânica;
  • alta resistência às altas temperaturas;
  • incombustibilidade;
  • boa qualidade isolante;
  • durabilidade;
  • flexibilidade;
  • indestrutibilidade;
  • resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias;
  • facilidade de ser tecida;
  • abundância na natureza;
  • baixo custo.


TRABALHABILIDADE

  • As operações deverão ser realizadas em locais abertos com boa ventilação e, se possível, separadas das demais tarefas;
  • Realizar o trabalho de preferência com ferramentas manuais como serrote, torqueses, grosas, furadeiras manuais, pois estas ferramentas provocam menor desprendimento de poeira fina no ambiente;
  • Umidificar sempre o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira;
  • A retirada das rebarbas e limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos deverão ser realizadas utilizando pano ou esponja umedecida ou sistema de aspiração;
  • Após a tarefa diária, no final do expediente, recolher o resíduo úmido do piso, colocar em saco plástico próprio e eliminar de forma adequada;
  • Os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular, etc. – deverão possuir necessariamente sistema de captação de poeira;
  • A lavagem de roupa de trabalho deve ser feita separadamente das demais peças de uso diário;
  • No término do trabalho, o usuário deverá tomar banho no serviço antes de trocar de roupa;
  • Utilizar durante o trabalho máscara específica;
  • O manuseio, a armazenagem e o transporte de produtos de fibrocimento em condições habituais não liberam fibras de amianto;
  • A aplicação destas recomendações garante ao usuário dos produtos de fibrocimento uma utilização segura e sem riscos à saúde.


FIBROCIMENTO ECOLÓGICO

Um novo tipo de fibrocimento, composto com fibras de escória, poderá ser usado como alternativa ao cimento-amianto na confecção de telhas, placas planas e acessórios, como caixas d'água e suportes para ar condicionado. O amianto é um mineral altamente prejudicial à saúde, cancerígeno, e já foi banido da maioria dos países. No Brasil ele continua sendo utilizado.

Protótipos do novo fibrocimento já foram construídos e aprovados em testes de resistência e durabilidade. A escória usada no processo é um subproduto da siderurgia. Boa parte deste material é encaminhada a aterros sanitários, o que também é prejudicial ao meio ambiente. Além da escória, o novo produto é constituído por um composto híbrido de fibras poliméricas e de celulose.

Além do ganho ecológico, considerando-se todo sistema produtivo do novo fibrocimento, pode-se atingir a uma economia de 30% em relação ao produto convencional. Nos testes, a composição de uma telha de amianto foi constituída de 8% a 15% de amianto, cerca de 25% de calcário e por um composto híbrido de fibras poliméricas, celulose e escória. O restante foi complementado com cimento Portland.

Contudo alerta-se não tratar-se de um "receituário". As composições podem variar de acordo com o produto e com o sistema de fabricação.

Além do aspecto ecológico do novo produto, há a inovação também no processo produtivo. Poderá por meio deste produto, ser viabilizada uma nova tecnologia para a produção de moradias.

MÉTODO DA EXTRUSÃO

É o método alternativo para a produção do material cimentício. Neste processo é usado uma máquina chamada extrusora que contém uma rosca sem fim dividida em três câmaras: mistura, pressão negativa e compressão. Na extremidade da rosca, encontra-se a boquilha, que promove a compactação final da mistura e forma a geometria do produto.
Quando se coloca a mistura dos componentes do fibrocimento na extrusora, a rosca sem fim faz a massa fluir sob pressão crescente através das câmaras, forçando-a sair no formato que se desejar, formando o fibrocimento.

Este método foi usado somente para fins acadêmicos, sem pensar em sua adequação para as indústrias, num primeiro momento. A extrusora normalmente é utilizada na indústria de cerâmica, mas foi adaptada para produzir fibrocimento.

MÉTODO DE HATSCHEK

O processo Hatschek é o mais empregado na produção de placas planas e onduladas de fibrocimento. Uma suspensão bem diluída de fibras, cimento e aditivos é misturada em um grande tanque onde cilindros rotatórios captam essa pasta por meio de sucção, removendo a água da mistura até a obtenção de mantas com a espessura desejada (formadas por lâminas de aproximadamente 1 mm cada uma). A massa utilizada no processo Hatschek contém somente 20% de sólidos. As matérias-primas comumente utilizadas são: cimento Portland, sílica ativa, material carbonático, polpa de celulose, fibras poliméricas ou de amianto.

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS

O método de fabricação mais propício a ser usado é o da extrusão, que se mostrou mais econômico no gasto de energia elétrica, gerando menos resíduos, variedades de geometria de produtos, aplicação do conceito de gradação funcional e registrando menor consumo de água. O método de produção convencional, denominado Hatschek, apesar de ainda usado na indústria nacional, pode ser considerado antiquado. Além disso, os compósitos extrudados de fibrocimento podem apresentar melhor desempenho mecânico e durabilidade. 

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Assista a esse vídeo que fala sobre o processo de fabricação do fibrocimento.


domingo, 11 de novembro de 2012

Plásticos na Construção Civil


"Plástico é um material artificial deformável. Material relativamente recente, mas de crescente uso e difusão na construção."

INTRODUÇÃO


No caso particular da construção civil e no percurso do século XX, com destaque para a sua segunda metade e início deste século, alguns dos materiais convencionais utilizados foram progressivamente sendo substituídos por materiais poliméricos. Pode-se dizer que se verifica, hoje em dia, que nos países mais industrializados cerca de 25% dos polímeros produzidos são utilizados nesta indústria.

De fato, desde as instalações hidráulicas e eléctricas até ao acabamento de uma obra (como em revestimentos de pavimentos e caixilharias), o plástico tem-se revelado como elemento fundamental para o setor de construção civil. Embora nem sempre aparente (caso das tubulações que se escondem atrás das paredes) e em certos casos disfarçados (como em pisos ou telhas que imitam peças de cerâmica), o plástico vem aumentando a cada ano a sua importância e peso, sobretudo no segmento dos edifícios. Hoje em dia, já é possível construir uma casa utilizando apenas materiais plásticos.

POLÍMEROS
  
Embora apenas se tenha começado a sintetizar polímeros no século XIX, eles já eram usados pelo homem desde a pré-história. De fato, os polímeros naturais, assim designados por se formarem naturalmente, sempre tiverem um papel importante ao longo dos tempos na medida em que se estão presentes, entre outras coisas, no suporte essencial da vida, a alimentação.

Os materiais que são constituídos à base de polímeros apresentam-se sob as mais variadas formas, que vão desde os materiais sólidos e flexíveis, às fibras e aos materiais celulares rígidos ou não, aos filmes, às pinturas, aos adesivos, etc. e tem propriedades tão diferentes como, por exemplo:

  • Uns podem-se fundir por aquecimento, enquanto outros endurecem pelo calor;
  • Outros são solúveis na água ou em solventes apropriados, enquanto que outros são insolúveis;
  • Muitos decompõem-se pelo calor, a baixas temperaturas, enquanto que outros resistem ao aquecimento, sem decomposição nem qualquer alteração química.

 Esta possibilidade de dar aos materiais uma grande variedade de características, torna-os particularmente interessantes nas suas diversas utilizações e é uma das principais causas da sua enorme divulgação.

Nos últimos anos, o conhecimento das relações existentes entre a estrutura e as propriedades dos polímeros, e ainda o aparecimento de novas técnicas de fabrico destes novos materiais, permitiu que se conseguisse atingir o objetivo de se sintetizarem produtos com características previamente estabelecidas.

Perante este cenário diríamos que os polímeros sintéticos são materiais ideais, tecnicamente perfeitos. Mas, na verdade, existe um grande senão, um problema de vital importância para o futuro do planeta e que se tem vindo a agravar com o decorrer dos anos em função do aumento progressivo do consumo dos plásticos é que, estes polímeros, desenvolvidos para durar eternamente e resistirem a todas as formas de degradação são de difícil colocação quando deixam de ser úteis.

Apenas um tipo de polímeros sintéticos, os termoplásticos, é reciclável, pelo que, não será de estranhar que hoje a preocupação com a reciclagem seja assunto da máxima importância. O desenvolvimento e uso dos materiais plásticos será inviável caso este problema não seja adequadamente resolvido. O futuro poderá passar, quase seguramente, pelos nos plásticos biodegradáveis.

POLICLORETO DE VINILA (PVC) (veja também: Policloreto de Vinila (PVC), postado em 08/2012)

 

Plástico que possui o maior número de utilizações na construção. O maior uso é nas tubulações de água, esgoto e eletricidade.  

Apresenta várias vantagens sobre tubos metálicos, como: baixo preço, facilidade de manuseio, imunidade à ferrugem, economia de mão-de-obra.

Outras utilizações:
  • peças: sifões, válvulas, junções, chuveiros;
  • tubulações: rosqueáveis ou com uso de cola, classes de pressão, para água fria e quente;
  • coberturas, onde as telhas de plástico substituem telhas de vidro, visando à iluminação natural.

APLICAÇÃO DOS PLÁSTICOS
   
Geralmente são conhecidos como materiais baratos e inferiores aos materiais tradicionais. No entanto, há aplicações importantes e pesquisas melhorando as qualidades dos plásticos, tornando-o um material dos mais recomendados para diversas situações, desde que respeitadas suas propriedades.

A maior parte dos plásticos é usada para fins industriais importantes: indústria aeronáutica, mecânica, automobilística, etc.; somente uma pequena parte é usada para fabricação de peças de baixo custo. Na construção tem aumentado o consumo de plásticos, tendo destaque junto a materiais tradicionalmente empregados.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS PLÁSTICOS
  
As vantagens são:

  • pequeno peso específico;
  • isolante elétrico;
  • possibilidade de coloração integral;
  • baixo custo;
  • facilidade de adaptação à produção em massa;
  • imunes à corrosão.

Apesar de não se poder generalizar, algumas desvantagens dos plásticos são:
  • baixa resistência a esforços de tração;
  • impacto e deformação sob carga.

Algumas dessas desvantagens podem ser reduzidas.

ESTATÍSTICAS


Dezessete por cento (17%) do plástico produzido na Europa é utilizado na construção civil, sendo um material fundamental na construção de infraestruturas, base de desenvolvimento dos países. Nos países em desenvolvimento, o setor da construção e obras públicas, absorve uma quota de produtos plásticos bastante significativa.

A construção de uma habitação integra cerca de 10% de matérias plásticas, especialmente indicadas pela sua durabilidade, fiabilidade e resistência ao meio ambiente. Podemos encontrar plástico nas piscinas, canalizações, janelas e persianas, no isolamento de cabos, canos, mobiliário, pavimentos, entre outros.
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Assista a esse vídeo feito pela empresa 1ª LINHA, fabricante de esquadrias em PVC e distribuidora de matéria prima e tecnologia para fabricação. Este vídeo mostra o processo de fabricação de porta e janelas em PVC.